O novo livro de Solzhenitsyn: Lenin em Zurique

Autor

Leo Gilson Ribeiro

Resumo
Jornal da Tarde, 1976/11/20. Aguardando revisão.

O cadáver de Lenin, embalsamado em um esquife com tampa de cristal, é objeto de homenagens, diariamente, por longas filas de russos e visitantes estrangeiros, que desfilam diante dele em Moscou.

Embalsamar quer dizer tornar impermeável à erosão do tempo um corpo já morto. Mas se os vermes não podem devorar a carne de Lenin, as traças não colaboraram nesse culto quase místico da imortalidade em uma sociedade ateia, como a da Rússia sovietizada por ele. As traças não roeram os livros e arquivos de bibliotecas suíças e na mesma Zurique onde Lenin viveu longos anos como exilado político, o escritor polêmico russo, Aleksandr Solzhenitsyn, encontrou refúgio depois de forçado a exilar-se de sua pátria pelo governo de Brezhnev.

Minuciosamente apoiado em documentos existentes e verificáveis, Solzhenitsyn traça uma biografia inédita de Lenin e seu papel na Revolução Comunista de 1917, na Rússia. Surge diante dos olhos cândidos do leitor uma personalidade organicamente doentia. Lenin, o esquizofrênico. Lenin, que desconfiava a priori de todos, principalmente dos aliados. Lenin, o homem que décadas à fio só falou e escreveu, incapaz da mínima ação que facilitasse a Revolução que abalou a estrutura tsarista em 1917.

Por enquanto, este livro só existe em duas versões. No original russo, lançado em Paris, e na tradução norte-americana, publicada este ano em Nova York, pela Editora Farrar, Straus and Giroux: Lenin in Zurich, tradução de H. T. Willetts.

Solzhenitsyn adverte: todos os que pensarem que ele escreve com parti pris, com ódio de Lenin, devem ler os escritos de Lenin, que Solzhenitsyn enumera fastidiosamente e que ele utilizou como prova de uma por uma de suas afirmações sobre a personalidade de seu biografado, com indicação detalhada até das páginas em que se encontram as frases citadas do homem hoje embalsamado na Praça Vermelha.

Desde as primeiras páginas, os que se vê é um Lenin totalmente alienado da realidade do seu tempo e do seu meio ambiente. Ele praticamente ignora a guerra russo-japonesa em que, pela primeira vez, um povo amarelo venceu um povo branco, em 1906. Em seguida, Lenin é mostrado como um homem genialmente dotado do poder de dividir facções, em oposição diametral a Rosa de Luxemburgo, que via na conciliação de forças comunistas e socialistas uma alavanca capaz de modificar a “sociedade burguesa”, “o imperialismo”, “o capitalismo”.

Passo a passo, esboça-se um retrato até agora inimaginado do criador da URSS: Lenin despreza a Rússia, país de bêbados, de incompetentes, de fracos, de sentimentais. Admira a Alemanha com seu poderio militar. Respeita a Suíça, onde imperam a lei, a ordem e a liberdade e onde até a polícia é inteligente. Solzhenitsyn não escapa à tentação do sarcasmo crítico, que acompanha todo o itinerário de seu personagem durante os longos anos de exílio em Zurique como emigrado político: “Um policial, visto sob o ponto de vista dialético (do Marxismo), às vezes pode ser uma coisa boa e em outras ocasiões pode ser ruim”.

Lenin emerge em seguida como um megalomaníaco irascível quando não pode assumir a liderança total e sozinho. E como um espertalhão covarde: desprezando os camponeses “obtusos”, seu maior temor é ser linchado pela “canalha” ignorante e fanática: “Você tem mais segurança de vida na prisão do que no meio da gentalha ignara”. Mais conhecido é o slogan bolchevique de que “os fins justificam os meios”. Essa parte da argumentação de Lenin não constitui novidade: ele prega a adoção de todos os meios possíveis para se obter dinheiro, o humus indispensável para se comprar armas, distribui-las aos movimentos clandestinos e acender o estopim da Revolução. Portanto, roubar bancos, extorquir dinheiro de burgueses ricos e simpatizantes com a Causa, imprimir dinheiro falso, roubar a herança de membros do Partido – tudo é lícito, até o assassinato de milhões de opositores da “Nova Ordem”.

Depois de chover no molhado neste ponto, Solzhenitsyn revela facetas novas de Lenin. Permanentemente solitário, irritadiço à menor desobediência a sua onisciência, ele era desprovido do mínimo senso de humor, não tolerava a mais leve crítica e tinha o tique de olhar sempre para trás, suspeitando um ataque pelas costas. E, dialeticamente, nunca se associava com a mesma pessoa por muito tempo. Mudava de amigos e companheiros assim que eles resistiam às ordens emanadas daquele cérebro privilegiado, tão infalível para o movimento Marxista quanto o Papa para os católicos ortodoxos. Afinal, se as verdades de hoje não eram as de amanhã e seus associados efêmeros não tinham inteligência nem flexibilidade para reconhecer isto, a culpa não era dele: ele, Lenin, era apenas o Instrumento de uma Força que o impelia para a frente, mesmo que essa frente pudesse, ilusoriamente, parecer a retaguarda.

Não existiam laços afetivos entre os seres humanos. Só laços políticos, de classe ou materiais. A única – dolorosa – exceção era Inessa, sua amante durante algum tempo, naquele triângulo amoroso que ele impôs a sua “dócil e estúpida” esposa, Nadya Krupskaya. É verdade que ele não conseguira refutar os argumentos de Inessa, que pregava e praticava o amor livre, como direito implícito da mulher liberada. Como encaixar o amor livre na dialética de Marx e de Engels? Era o único ponto fraco dessa mulher extraordinária, mas, pensando bem, as mulheres só se ocupavam de trivialidades, preocupavam-se com bagatelas, mesmo uma mulher excepcional como Inessa não tinha que ter um ponto vulnerável da sua feminilidade/inferioridade intrínseca?

Profeta do futuro, Lenin saudou a Primeira Guerra Mundial como o colapso das potências imperialistas, a Inglaterra e a França, e vergastou com seu escárnio ácido todos os “asnos” que se batiam pela “paz a qualquer preço” ou que se revoltavam contra o seu ensinamento de que o patriotismo é um resquício pequeno-burguês.

Embora contra a paz na Europa em guerra, Vladimir Ilyich (o verdadeiro nome de Lenin) achava, no entanto, que em casa e nas relações de família a ordem era não apenas indispensável por possibilitar a meditação política e a escrita de panfletos e teses políticas. Uma casa bem organizada constituía, por si só, uma contribuição à Causa do Partido.

Estupefação geral: Lenin era machista. As mulheres existiam apenas para pregar botões, tirar manchas das roupas, cuidar da cozinha, fazer andar o relógio do dia a dia, libertando o homem para sua “natural” liderança: “uma mulher nunca pode dedicar-se 100% ao Partido, ela está sempre com alguma bobagem na cabeça”.

Mais radical ainda: Lenin nunca perdoava um erro, nunca o esquecia nem esquecia quem o tinha cometido. Mas o mais intolerável de tudo era ser pego cometendo um erro, isso o levava à exasperação quase física de tão intensa.

Tampouco é nova a parte do livro que inicia o capítulo intitulado “Outubro de 1916” (página 41 da edição norte-americana) e que descreve Lenin como o apóstolo da violência, como o cauterizador da ferida gangrenada da obsoleta crença religiosa. Uma violência que deveria se estender, como um fogo na floresta, pelo mundo inteiro. Solzhenitsyn mostra uma faceta até agora raramente presente em seu estilo: a ironia ácida, que aparecia em alguns momentos de O Primeiro Círculo, mas com parcimônia. O autor de O Arquipélago Gulag consegue ser hilariante ao desnudar a irrealidade de Lenin ao semear para os ouvidos surdos dos pacatos cidadãos helvéticos uma guerra civil, uma guerra contra os militares, contra o turismo, a indústria, o governo. A reação dos que foram ouvi-lo não se fez esperar: por que ele não ia erigir o seu púlpito ou armar sua tenda de estrategista político na sua Rússia natal? De que adiantava a Suíça ter ótimos correios e bibliotecas que entregavam livros, pontualmente, a domicílio, se a Suíça não passava de “um hotel enfeitado” e os suíços não queriam matar outros suíços para atear fogo à Europa, tornar-se a primeira República socialista do mundo e sacrificar-se por nove décimos da humanidade escravizada pelo capitalismo colonialista? É fato que ele próprio reconhecia que “recusar-se a defender a própria pátria era uma exigência extrema que se fazia à consciência revolucionária” de cada cidadão, mas não se podia esquecer que “o vento do futuro sopra sempre da extrema esquerda!” Aliás, ele, Lenin, já estava acostumado a não ser entendido, a ser sempre a minoria das minorias. Se os soldados voltassem suas baionetas contra seus comandantes e as massas expropriassem os bancos, a Suíça seria, da noite para o dia, o foco internacional da Revolução Socialista que liquidaria com todas as guerras. A fórmula era fácil: a rebelião não arrebentaria, provavelmente, na Estação Central de Trens, diante da qual estão os bancos de Zurique, mas na Praça Helvécia, que tal? Barricadas dos soldados da única nação que permite, aos que estão servindo o Exército, levar suas armas e munição para casa – então isso não bastava para se apoderar dos bancos, das ferrovias, dos correios e telégrafos, das grandes empresas?! E o terrorismo só era eficaz se usado como “atividade das massas”, se havia um milhão a mais ou a menos de mortos, que importância tinham tais pormenores? Foi tempo malbaratado: “Na Suíça bolorenta e velha o bacilo do cretinismo pequeno-burguês reinou, triunfante. E o mundo burguês continuou a existir, incólume, imune a bombas”.

Aspectos mais perturbadores da personalidade de Lenin brotam quando Solzhenitsyn o mostra estudando as teses do estrategista militar alemão, von Clausewitz, para aplicá-las à Revolução: a razão é área de ação do governo, a livre atividade espiritual pertence aos comandantes e o ódio deve ser o motor capaz de levar o povo à ação. Se Clausewitz demonstrara que “a guerra é a política conduzida por outros meios”, a pena substituída pela espada ou pelo canhão, então toda política desemboca fatalmente na guerra e nisso reside seu único valor.

Seria Lenin o adorador da violência por si mesma, que Solzhenitsyn lhe atribui como característica fanática e feroz?

Os comentários de Lenin a respeito de outro revolucionário, Bukharin, levam a crer que sim. Bukharin tinha afirmado que, enquanto os insurgentes estivessem na fase de tomar o poder, a democracia seria temporariamente, pelo menos, supérflua. Lenin sublinha duas vezes seu próprio comentário, à margem, que emenda esse “erro”: “Chegaria uma época diferente em que os objetivos democráticos de qualquer tipo seriam somente um obstáculo para a revolução socialista”. Ele não se amofinava se suas afirmações de um extremismo crescente o separavam mais e mais de outros companheiros: Rosa de Luxemburgo, Plekhanov, Trotsky. Ora, Trotsky, como se pode ser um verdadeiro socialista e se declarar “contra toda e qualquer guerra”? Isso era sentimentalismo esclerosado. Pensando bem, o que ele, Lenin, tinha a ver com os eslavos ou até com os russos? Se os russos eram o único “povo da Terra que aguentava sofrer por tanto tempo e tão inutilmente. A paciência dos russos não tinha limites. Qualquer abominação, qualquer imundície que lhes punham no prato eles lambiam até o fim com um ar de reverente gratidão para com seus benevolentes benfeitores. Nunca haveria uma Revolução na Rússia, com seu povo emasculado pela Igreja Ortodoxa e seus camponeses que perderam a paixão pela machadinha e pelo archote incendiário”. Só ¼ de seu sangue era russo, fora disso ele nada tinha a ver com aquela triste massa amorfa, os russos, que podia ser moldada ao bel-prazer de quem a manipulasse, um país grosseiro, de gente preguiçosa, desorganizada, eternamente bêbeda, gênios auto ungidos, penitentes lacrimosos de tavernas, corações bondosos que se davam palmadinhas nas costas, lamentando que suas vidas estavam irremediavelmente arruinadas!

Se os intelectuais tinham abandonado, em pânico, o Partido Bolchevista, tanto melhor, ficávamos livres daquela escória pequeno-burguesa que não acreditava na centralização rígida do Partido. Ele, sozinho, ergueria a Revolução por meio de montanhas de folhas escritas, teses teóricas que conduziriam o povo fatalmente ao alvo almejado: o poder estatal. É óbvio que ele tinha que ficar isolado: todos eram inferiores a ele intrinsecamente, que culpa ele tinha de ser mais avançado, sempre, do que todos os demais? Seu destino era mudar o curso da História.

Na metade do livro, de 309 páginas, Solzhenitsyn apresenta um personagem menos conhecido da Revolução de 1917 na Rússia: Parvus, um pseudônimo que ele mesmo escolhera por modéstia e que significa em latim “pequeno”. Seu verdadeiro nome era Aleksander (Israel) Lazarevitch (1867-1924). Um dos organizadores do jornal Iskra (A Centelha) em Leipzig, da esquerda russa. Parvus quase domina o resto do livro, ameaçando colocar Lenin no esquecimento como uma figura menor. Admirado por Trotsky, Bebel, Kautsky, Liebknecht, Rosa de Luxemburgo e até pelo próprio Lenin (com reservas, logicamente), Parvus era um dos principais membros do movimento social-democrata alemão e se tornara misteriosamente riquíssimo na Turquia da noite para o dia. Tinha sido o primeiro a saudar a greve geral como o principal meio de luta do proletariado. Dotado de uma clarividência que chega ao assombroso, Parvus previra acontecimentos cujos contornos não eram ainda nem de longe perceptíveis: as nações industrializadas desencadeariam, mais cedo ou mais tarde, uma guerra mundial, como realmente aconteceu em 1914 e depois em 1939. As grandes industrias no futuro não conheceriam fronteiras e se transformariam no que hoje chamamos de multinacionais. Um dia a Europa decadente seria um naco de carne disputado pela Rússia e pelos Estados Unidos.

Mais longe ainda: ele pressentira, antes que todos, que seria um perigo para o mundo se os bolcheviques transformassem a Rússia numa grande potência militar. Achava que para a Rússia se tornar uma segunda América bastavam escolas e liberdade. Que não era preciso nacionalizar a indústria privada porque isso poderia não trazer dividendos.

E, como que antevendo a URSS de hoje, enxergara tão longe que advertira contra a possibilidade de, uma vez no poder, os socialistas se virarem contra a maioria do povo e liquidar com os sindicatos livres.

É a parte mais fascinante, mais absorvente do livro (da página 119 em diante), quando Parvus vem, numa atmosfera surrealista, suplicar a Lenin que aceite milhões dados pelo governo alemão para fragmentar a Rússia, libertar a Ucrânia, a Geórgia, a Lituânia, a Estônia, a Armênia, derrubar o Tsar e vencer, pela força das armas, impondo à Rússia o primeiro regime comunista do mundo. Lenin é desmascarado como “um típico filósofo de gabinete, um sonhador” que nunca participara de nenhuma ação, só escrevera e falara, um Hamlet da indecisão se Marx tivesse escrito a tragédia do príncipe dinamarquês, forçado a agir contra sua própria natureza.

Lenin é arrastado pelo vórtex dos acontecimentos. Não acredita nos jornais “burgueses” que anunciam a eclosão da Revolução de Outubro de 1917. Aceita voltar para a Rússia com relutância: seu objetivo era semear a Revolução na Suécia, já que a Suíça era uma carcomida carcaça de relojoeiros, banqueiros, glutões e servis porteiros de hotéis de turismo. Encerram o livro os documentos que eram segredo de Estado na época e que hoje estão acessíveis a todos. Em 23 de março de 1917, por exemplo, o Secretário de Estado e Ministro das Relações Exteriores alemão, Zimmermann, manda um despacho ultra confidencial ao Comando-Supremo do Exército alemão informando que:

“Já que é de nosso interesse que a influência da ala radical dos revolucionários prevaleça na Rússia, parece-nos aconselhável autorizar o (livre) trânsito deles pelo território alemão.”

O resto é História nitidamente documentada: Lenin e outros revolucionários viajam num trem blindado da Suíça até a Rússia.

O que prejudica a leitura deste Lenin em Zurique é o fato de a lista de personagens mencionados no livro só aparecer no final do volume. O tradutor tampouco esclarece vários episódios que incluem nomes de cidades, de jornais, de protagonistas. É melhor para o leitor começar lendo o elenco de nomes do final do tomo, caso contrário poderá se perder no labirinto de nomes incompreensíveis.

Solzhenitsyn não esconde seu ódio contra Lenin, mas documenta, passo a passo, cada afirmação que faz, remete o leitor aos trechos citados e enumera as obras de Lenin escrupulosamente.

Só em um curto parágrafo Solzhenitsyn perde o controle e a objetividade glacial para chamar Lenin de verme, de criatura baixíssima e sedenta de glória, de infalibilidade absoluta, sem calçar tais acusações suficientemente.

Mas seu propósito – o de revelar a História desconhecida da Revolução – foi plenamente atingido. Mesmo para os mais tenazes admiradores de Lenin a leitura desta biografia o transformará num ser no mínimo dúbio eticamente. Um Hitler em potencial, um preparador eficaz dos banhos de sangue que os expurgos stalinistas significaram para o povo russo. Um fanático da violência, tão desequilibrado mentalmente quanto um Idi Amin Dada asiático ou um Nero de nacionalidade russa. Haverá, é lógico, sempre aqueles que se separaram de Lenin, mas esses possivelmente não contam: para estes, os fins não justificam os meios, a ética não pode ser mantida dialeticamente.

Mas Trotsky foi assassinado por ordem de Stalin, no México. Rosa Luxemburgo e Liebknecht foram fuzilados, em Berlim. A estátua de Stalin foi derrubada em Budapeste, mas a “doutrina Brezhnev” continua tão intocada quanto o cadáver embalsamado de Lenin, nesta tentativa inconscientemente mística de um regime ateu de prolongar, materialmente, mais um mito “burguês”: o da imortalidade. Senão da alma, pelo menos do corpo, na Praça Vermelha, a poucas quadras da prisão Lubianka e das clínicas psiquiátricas onde os “dissidentes” são “tratados” com agentes químicos que destroem a personalidade humana. Lenin e o seu culto lunático da violência, afinal, sobrevivem ainda, de alguma forma e não só no seu esquife dourado e de tampa de cristal.

Reuso

Citação

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Por favor, cite este trabalho como:
Gilson Ribeiro, Leo. 2024. “O novo livro de Solzhenitsyn: Lenin em Zurique .” In Vocação para a liberdade - Escritoras e escritores contra os despotismos e os totalitarismos, edited by Fernando Rey Puente. Vol. 12. Textos Reunidos de Leo Gilson Ribeiro. https://doi.org/10.5281/zenodo.8368806.