A dor da liberdade
“Onde encontrar em nosso século cínico, homens que se deem ao luxo de manter princípios éticos e defendê-los ativamente?” Vladimir Bukovsky
Trocado clandestinamente, em 1976, pelo chefe comunista chileno Luís Corvalán, num acordo surpreendente entre Pinochet e Brezhnev, o dissidente Vladimir Bukovsky passou 12 de seus 34 anos nas prisões temíveis da União Soviética, em defesa ativa dos princípios da liberdade, da democracia, dos direitos civis humanos inalienáveis por qualquer governo. Seu último livro, agora lançado na França com o título de Cette Lancinante Douleur de la Liberté (Editions Robert Lafont, Paris, 245 páginas), é o resultado de sua vivência do Ocidente durante quatro anos, depois de se ter radicado na Inglaterra.
Bukovsky nada tem do pan-eslavismo à la Dostoievsky de um Solzhenitsyn e dá provas de um sense of humour maravilhoso em suas profundas análises dos dois mundos: o soviético e o ocidental. Original, inconformista, ele preenche os formulários da Universidade de Cambridge com dados que nunca outro aluno forneceu a escola alguma: na rubrica “Pertence a que clubes e círculos?”, ele escreveu as datas de suas liberações dos cárceres soviéticos e de sua vinda para o estrangeiro. Os “motivos” oficiais para sua detenção são também tomados pelo seu aspecto grotesco: acusado pelo Kremlin de ter organizado “um perigoso grupo de cinco terroristas”, o jornal alemão Die Welt ironizou, muito a propósito, que dessa vez a URSS escapou por um triz: “Se os terroristas tivessem sido seis camaradas, o Estado russo teria afundado na certa!”
Bukovsky reitera o que outros dissidentes russos exilados no Ocidente já contaram: por mais estranho que parece esse “comércio” humano entre prisioneiros de regimes ditatoriais, um Estado totalitário como o da União Soviética, ele afirma, é extremamente sensível à opinião pública mundial, vulnerabilidade que as autoridades soviéticas tentam esconder ciosamente: No entanto, tais regimes se armam pelo terror imposto a uma população desarmada e traumatizada: “Cada pessoa – ele continua – sabe que não tem defesa alguma contra o Estado, não tem direitos e é considerada culpada em princípio. Em tais condições, a palavra livre, mesmo se ela provier do estrangeiro, adquire um eco inacreditável. Não é por nada, acrescenta, que se fuzilavam os postes na União Soviética. Por outro lado, a população russa, da mesma forma que os homens que estão no poder, têm perfeitamente consciência da ilegitimidade do regime.”
Para Bukovsky, sem hesitações, o regime soviético é um gangster que depois de golpes assassinos e de roubos compensadores gostaria de ser tratado de igual para igual pela comunidade mundial. Por isso, ele crê, no terreno das relações internacionais, a União Soviética expande sua agressividade em função da consciência que têm seus dirigentes e seu povo da ilegitimidade de seu poder usurpado. Mas o desejo de ser membro da comunidade internacional é organicamente impossível, ele julga, porque na realidade a URSS não precisa de parceiros nem de aliados, mas sim de países satélites, de cúmplices, de escravos. O medo incutido a uma população vigiada vinte e quatro horas por dia e a cumplicidade dos subornáveis dentro e fora da Rússia é que mantêm esse regime no poder. No estrangeiro, por exemplo, a URSS conta com a ajuda de “cúmplices tão ruidosos quanto possível”, que martelam os mesmos mitos já um tanto mofados do “paraíso soviético”, do “progressismo”, da “vida mais justa” – isso num país onde não há sindicatos, o direito à greve é punível com a prisão, os jornais, a rádio, a tevê e até os mimeógrafos estão inteiramente na mão do governo e onde os cidadãos têm que se locomover com um passaporte interno, sem o direito de emigrar ou de fundar partidos políticos paralelos ao monolítico e único Partido Comunista.
Além disso, a frágil economia soviética há décadas depende, cada vez mais, da tecnologia superior do Ocidente, dos créditos e equipamentos, cerais e carnes produzidos no Ocidente: o imperialismo soviético, ele prevê, desmoronará por insolvência: como pagar os 27 bilhões de dólares de dívida da Polônia aos países europeus, ao Japão, ao Canadá e aos EUA e ao mesmo tempo aumentar a sua produção bélica e enviar diariamente milhões de dólares para impedir que Cuba e o Vietnã, novas colônias, pereçam de inanição e levar adiante sua ocupação militar do Afeganistão?
A libertação de Bukovsky – mencionada em algumas linhas pela imprensa brasileira - tem muito de que envergonhar várias camadas das profissões liberais brasileiras, pela sua completa omissão diante do longo processo que caracterizou a luta pela sua saída das prisões soviéticas. Da mesma maneira que nenhum movimento articulado pela libertação de Sakharov surgiu jamais no Brasil, a Campanha contra os Abusos da Psiquiatria da Grã-Bretanha, ao contrário não esmoreceu em denunciar os tratamentos com alucinógenos e injeções de haliperidol e de enxofre na carótida nos Asilos Psiquiátricos soviéticos aplicam nos insubordinados políticos, nos homossexuais, nos religiosos renitentes. Não se teve notícia de nenhuma manifestação semelhante por parte da Associação Brasileira de Psiquiatria nem da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência, ou, sem aproveitar a “abertura” política, os jornais acharam desinteressante divulgar tal gesto? A Universidade de Leyden, na Holanda, adotou Vladimir Bukovsky, como “prisioneiro de consciência”: A USP ou qualquer outra Universidade brasileira ou mesmo a UNE, em qualquer de suas facções (pró-Stalin, anti-Stalin, pró-Mao, anti-Mao, pró-Trotsky, anti-Trotsky etc.) jamais se manifestou a favor dele. O Comitê de Escritores e Jornalistas Norte-americanos, o Pen Club, o chefe dos sindicatos dos Estados Unidosm George Meany que intercedeu por Bukovsky dirigindo-se diretamente aos presidentes Nixon e depois Ford – todos jogam inadvertidamente uma sobra de covardia e paz dos cemitérios sobre seus congéneres brasileiros: o pretexto será o que que o Brasil tem problemas prioritários aqui mesmo e não pode perder tempo com a liberdade e a tortura impostas a um ser humano no estrangeiro? Por que então os países estrangeiros se deveriam incomodar com a tortura e a morte de brasileiros em prisões brasileiras? O sofrimento de Vladimir Herzog existiu, o de Vladimir Bukovsky é uma abstração? Alguns de nossos cineastas políticos e o compositor Chico Buarque de Holanda continuam a visitar Cuba, esse modelo de democracia e liberdade, denunciando o que está à vista de todos: as mazelas do sistema social brasileiro, mas cegos e surdos à justiça, à democracia, à liberdade fora das fronteiras auriverdes, como se esses princípios não fossem simultâneos e universalmente verdadeiros...
Durante 20 anos, os dissidentes soviéticos tiveram que lutar para que no Congresso Internacional da Psiquiatria , reunido em 1972 no México, ficasse claramente exposta a série de crimes praticados contra seres humanos indefesos na União Soviética: “O próprio fato de serem internados indivíduos normais em uma clínica psiquiátrica por razões políticas chocava a sensibilidade pelo seu caráter trágico, levava-nos a refletir sobre a relatividade das definições e das noções de saúde psíquica... Em nossa época de culto da ciência de da tecnologia, de excesso de regulamentação estatal e de medo inconsciente de perdermos nossa personalidade individual anulada em fichários eletrônicos gigantescos, o problema psiquiátrico adquiriu novamente uma dimensão universal... nossos problemas passavam do período neolítico do comunismo à civilização futurológica dos computadores do século XXI. A revolta abortada dos jovens de paris em 1968 desembocara na atenção nova que se dava à psiquiatria: nos países chamados de ‘capitalistas’, a psiquiatria era ironizada como forma de modelar todos na forma estreita do conformismo burguês que diz ‘sim’ ao Sistema e se adapta às iniquidades do Establishement.” A reviravolta foi total: de repente a juventude europeia rendeu-se à evidência concretizada no muro de Berlim e a campanha pelos direitos universais do homem despertou milhões de consciências adormecidas, levou à criação da Anistia Internacional, já que nem Marx nem Lenin tinham dito ou escrito jamais grandes frases sobre os direitos do homem em seus discursos ou mesmo em suas obras volumosas.
A imprensa livre é um instrumento indispensável de obtenção e conservação dos ideais da liberdade, da justiça e da democracia: essa certeza, esse axioma, só passam a ter validade plena quando confrontadas com a imprensa totalitária, pré-censurada, e, como diz lapidarmente Bukovsky: “A imprensa soviética é a expressão tipográfica do regime e só a lemos para colhê-la em delito flagrante de mentira”, daí o trocadilho que corre, de boca em boca, a Rússia inteira em seus 22 milhões de quilômetros quadrados: “Não há Pravda (verdade) nas Izvestia (novidades) e não há novidades na verdade”, isto é: os dois jornais mentem e desinformam propositalmente.
Por isso cada cidadão russo descrente do governo leva ao extremo sua leitura da imprensa amordaçada: se os jornais falam bem de alguém deve ser um bandido, se falam mal, não há dúvida de que se trata de um herói... Em seguida Bukovsky alerta para os quinta colunas pró-soviéticos implantados nos locais mais sensíveis, como carneiros inocentes: um respeitável professor de Washington, por exemplo, publica em revista respeitáveis artigos rigorosamente soviéticos... Essa infiltração se baseia no mito de que na União Soviética se vive melhor e mais justamente ou se baseia em complexos de culpa de quem tem fortunas a herdar da família ou de quem é pouco inteligente ou quer posar de “avançado” ...
Mas existem tantos socialismos quanto socialistas, ele opina, só que até agora nenhum socialismo adquiriu a feição humana que Dubcek lhe queria dar. O maniqueísmo pavloviano dos prisioneiros espirituais do Gulag ocidental, que “sonham” com o Paraíso Reconquistado na prisão de Lubianka, divide os indivíduos em “progressistas” – os que desculpam a priori todos os erros da sagrada mãe-pátria do socialismo e os “reacionários” ou “fascistas”, ou “vendidos à CIA” que sabem da fragmentação extrema das divisões políticas hoje em dia: que pode haver de mais “reacionário”, os sindicatos norte-americanos ou os multimilionários das famílias Kennedy e Rockfeller? Quem pode estar mais à esquerda de Anthony Benn, do Partido Labour inglês, que deseja o desarmamento unilateral da Inglaterra diante da Rússia armada de SS-20 e submarinos nucleares, o afastamento da Inglaterra da Comunidade Europeia de Nações e um regime marxista para as Ilhas Britânicas? O que há de comum entre os liberais alemães e a ala extrema esquerda do Partido Social Democático alemão? Judiciosamente, Bukovsky observa que “esta maneira de discriminar contra as pessoas tem sintomas de um delírio, mas de um delírio muito prático, útil para se organizar o terror intelectual. Uma ideologia levada ao extremo tem como consequência que as pessoas começam, inconscientemente, a pensar de maneira pré-fabricada, teleguiada. O sentido das palavras torna-se deliberadamente desnaturado”. Só assim é que a República Democrática Alemã é a quem tem o muro de Berlim, as guaritas com guardas munidos de metralhadoras, os campos minados para evitar a fuga da população do Leste... tudo em defesa da paz, do progresso, da justiça e da liberdade na Polônia do general Jaruzelski...
“Durante os anos em que passamos no campo de concentração – ele relembra de maneira marcante – aprendemos que no mundo inteiro há somente uma única luta, a luta do humano contra o desumano, daquilo que está vivo contra o que está necrosado. Nós todos somos globalmente responsáveis pelo resultado final dessa luta mundial.”
Suas reflexões o levaram a concluir definitivamente que a nossa época planetária de comunicações instantâneas nos tornou todos vizinhos uns dos outros, o Brasil da URSS, a Hungria do Canadá, o Afeganistão da Nicarágua. O que caracteriza esse ineditismo do século XX? Os regimes e ideologias totalitárias representam uma ameaça mortal para a sobrevivência dos países democráticos: “Como as democracias poderão continuar a ser democracias sem se transformar pouco a pouco e adquirir as feições de seus adversários?” Ao lado do perigo de as democracias cederem sempre diante do que ele chama de “o bandido internacional”, a Rússia do regime que lá vigora há quase sete décadas, ele discerne m soro de revitalização do sistema soviético: o comércio lucrativo, antiético, suicida, das nações ocidentais, que prolongam a vida do comunismo. Há, por certo, uma multiplicidade de poderes disseminados nos países ocidentais, Bukovsky reconhece: ao lado da autoridade governamental há os partidos de oposição, a imprensa livre, os sindicatos, o congresso, o poder judiciário, as autoridades municipais, estaduais, universitárias, os meios de comunicação de massa, a política, a alfândega, inúmeros poderes simultâneos que por enquanto tornam impossível a uniformização de todos os cidadãos em obedientes seguidores dos slogans governamentais como na União Soviética. Ao contrário do código anglo-saxônico, por exemplo, segundo o qual o réu é inocente até que se prove a sua culpa, na Rússia atual incutiu-se em todos os cidadãos um medo baseado na acusação de culpa a priori, tanto que os advogados só têm acesso aos processos quando estes já estão selados...
Essa lancinante dor da liberdade ele a sente mais profundamente quando, diante da fartura dos países ainda livres, depara com uma simples máquina copiadora, um aparelho de fotocópias que pode ser adquirido livremente por qualquer pessoa, ao passo que na URSS estão numerados e só podem pertencer aos órgãos do Estado. Até mesmo a visão, comum no Ocidente, de horários de aviões nos aeroportos lhe parece miraculosa: como? Então, quando quiser, sem pedir autorização por escrito da polícia de sua cidade?! As fraquezas do Ocidente lhe parecem, porém, um convite masoquista à autodestruição. Em Roma, as enfermeiras fazem greve, agitando panos vermelhos e com transparentes vistosos: “Queremos trabalhar nas mesmas condições que as enfermeiras soviéticas”. O que elas sabem das condições de trabalho da URSS?, ele pergunta, para logo acrescentar: É fácil contentar as enfermeiras romanas: basta que elas passem a ganhar cinco vezes menos, não tenham direito a um sindicato nem à greve e que acumulem dois ou três empregos para poderem chegar ao fim do mês... e ei-las integradas totalmente nas “condições” das enfermeiras soviéticas...
O Estado soviético, além de uma taxa alta de criminalidade e alcoolismo, de mercado negro, estupros de quadrilhas de adolescentes cometidos contra qualquer mulher que se aventurar a atravessar um parque deserto das grandes cidades, da onipresença da polícia secreta, a KGB, em todos os nichos mais minúsculos da vida cotidiana e dezenas de dossiers sobre cada pessoa do império soviético, o Estado soviético. O Estado soviético, ele opina, não representa jamais o Estado-Província com que sonham os camaradas crescentes do Ocidente. Como, se o socialismo, pela sua própria doutrina, sacrifica os bens individuais ao bem coletivo? Os ocidentais que, como na Inglaterra, constataram que os sindicatos se tornaram não mais defensores de uma minoria, mas o meio de terrorização da maioria, têm já uma amostra clara do que é o “socialismo avançado” ...
A experiência sexagenária do “socialismo soviético” demonstrou cabalmente, argui Bukovsky, que não se consegue extirpar o instinto da propriedade, pois “constatamos que os bens, a propriedade, não são de modo algum um mero valor material, mas ao contrário espiritual. Para a imensa maioria da humanidade, trata-se exatamente de um meio de expressão, de realização de sua própria individualidade”. E alude às classes sociais que 64 anos de totalitarismo só conseguiram exacerbar: a Nomenklatura, os privilégios que ganham salários incomparavelmente maiores do que os operários; os que vivem, a duras penas de seu próprio emprego mal remunerado, e finalmente os que “dão um jeito”, dedicando-se a um ativo e rendoso mercado negro para suprir o mercado faminto de bens de consumo. Nas democracias ocidentais ele adverte sobre o crescimento perigoso das burocracias estatais, que roubam ao indivíduo a sua autonomia, a sua iniciativa, a sua própria dignidade. Os impostos, por exemplo, por que, indaga, os cidadãos não podem escolher livremente para que causas contribuirão? Para concluir que se tivesse ido morar na Suécia, 90% capitalista, os impostos beneficiam também minúsculas organizações comunistas, com o dinheiro confiscado por meio de impostos do bolso até daqueles cidadãos que abominam o comunismo em todas as suas formas.
O próprio reconhecimento de um regime totalitário por parte de governos democráticos constitui, a seu ver, um grande erro, pois reforça a inexistente respeitabilidade do totalitarismo. As trocas comerciais que revitalizam o sistema totalitário também são uma via de enfraquecimento das democracias; pelo lucro se vende mais do que a tecnologia ocidental; vende-se a futura resistência das democracias aos tanques soviéticos. Para o “pragmatismo” diplomático ele tem só palavras ácidas: o pragmatismo político e comercial seria apenas um eufemismo para definir a falta de princípios éticos. Não importa se meu vizinho é canibal, desde que seu regime antropofágico me dê lucros e não crie mais desemprego em meu país ...
É inédita a ênfase que o dissidente russo dá à primazia que nos é incutida diariamente por uma doutrina absolutista dos direitos socioeconômicos. Os cidadãos então teriam o direito de esperar, de braços cruzados, que o Estado fizesse tudo por ele e seus familiares. Na realidade, insiste Bukovsky, devemos insistir é na prioridade dos direitos humanos do indivíduo do cidadão, diante do Estado sem rosto, Moloch monolítico e opressor.
Escrita antes da gangrena do estado marcial imposta esta semana à Polônia, mas já quando as reivindicações democráticas atrevidas do movimento operário de Solidariedade e do Kor da Polônia criavam dores de cabeça para os dirigentes bolchevistas. Bukosky levanta uma questão que pela sua própria formulação já denota sua desesperança:
“Por uma espécie de ironia das coisas, os acontecimentos que tiveram início em agosto de 1980 na Polônia criaram um novo enigma para os partidários da teoria de que (o comunismo) está na vanguarda (mundial). Realmente, milhões de operários, não contentes em terem dissipado o mito do bem-estar socioeconômico na outra metade do planeta (a comunista), foram mais longe e, contra as expectativas gerais, insistiram fortemente na liberdade de imprensa, de credo religioso e na libertação daqueles dissidentes (do regime polonês) que até então, como se costumava dizer, não tinham importância alguma. Por acaso tais acontecimentos levaram quem quer que seja a uma tomada de consciência?”
E termina sua previsão temível:
“Em poucas palavras, se nosso medo de assumir toda e qualquer responsabilidade, se nosso desejo de obter um máximo de segurança social nos jogam rumo à ilusão, que por sua vez leva ao socialismo, o qual abre a porta ao comunismo, esse último, inevitavelmente constitui um convite à entrada dos tanques soviéticos. Ninguém, nunca, conseguiu fechar essa porta. Enquanto esperamos, ela se escancara cada vez mais”.
Reuso
Citação
@incollection{gilson ribeiro2023,
author = {Gilson Ribeiro, Leo},
editor = {Rey Puente, Fernando},
title = {A dor da liberdade},
booktitle = {Vocação para a liberdade - Escritoras e escritores contra
os despotismos e os totalitarismos},
series = {Textos Reunidos de Leo Gilson Ribeiro},
volume = {12},
date = {2024},
url = {https://www.leogilsonribeiro.com.br/volume-12/04-urss/10-a-dor-da-liberdade.html},
doi = {10.5281/zenodo.8368806},
langid = {pt-BR},
abstract = {Jornal da Tarde, 1981/12/26. Aguardando revisão.}
}